sábado, 30 de abril de 2011

E SE FOSSE NO RECIFE? Convocados por rede social, motoristas protestam contra aumento da gasolina em Florianópolis

Manifestantes distribuíram cartazes afirmando que a população tem de fazer algo contra o aumento da gasolina e exercer seu direito de protesto - Felipe Pereira / Agência RBS

Manifestantes distribuíram cartazes afirmando que a população tem de fazer algo contra o aumento da gasolina e exercer seu direito de protesto


Um protesto contra o aumento da gasolina mobilizou diversos manifestantes via Facebook. O evento programado para às 18h de sexta convidou internautas a se reunirem em frente ao prédio da Polícia Federal, na avenida Beira Mar Norte, em Florianópolis, para em seguida abastecer R$ 0,50 no posto de gasolina do supermercado Angeloni,
Foto:Felipe Pereira / Agência RBS próximo ao local. Na página do evento, mais de 700 pessoas confirmaram presença.

Até às 19h, cerca de 80 pessoas participavam com seus carros. Alguns deles exibiam nos vidros o slogan da campanha "Você vai deixar isso acontecer?", com o desenho de um frentista assaltando o consumidor com a bomba de gasolina. Os manifestantes distribuíram cartazes afirmando que a população tem de fazer algo contra o aumento e exercer seu direito de protesto.

Em seguida, os motoristas foram ao posto de gasolina e abasteceram R$ 0,50 em combustível, exigindo nota fiscal. O estabelecimento registrou 47 notas fiscais neste valor durante o protesto. O ato tem a intenção de tornar o custo do abastecimento mais alto do que o lucro que o posto teria com a venda do combustível.

Posto de gasolina registrou 47 notas fiscais no valor de R$ 0,50

Em Balneário Camboriú, motoristas também se reuniram para o protesto, mas encontraram o posto de gasolina fechado. Na cidade, dos 400 confirmados, cerca de 30 compareceram.

Em alguns postos de Florianópolis, o litro da gasolina já ultrapassa os R$ 3. Em Santa Catarina, haverá um novo aumento de R$ 0,06 no litro do etanol, R$0,05 na gasolina e R$ 0,02 no metro cúbico do gás natural veicular (GNV). Apenas o diesel não será afetado.

Descoberto arquivo inédito de Wittgenstein

O filósofo mais genial e perturbado do século XX, morto há 60 anos

Acervo encontrado em Cambridge revela ligação homoerótica de Wittgenstein com aluno que escrevia e editava suas teses e cuja morte prematura levou o pensador a abandonar o material, que ficou esquecido

O filósofo austríaco naturalizado britânico Wiitgenstein (620)

Wiitgenstein: tristeza pela morte do namorado o levou a abandonar pensamentos (Divulgação)

Um perdido e inexplorado arquivo com materiais inéditos do filósofo Wittgenstein promete trazer novas revelações sobre a mente absolutamente brilhante - e igualmente conturbada - de um dos maiores filósofos do século XX, o austríaco naturalizado britânico Ludwig Wittgenstein, cuja morte completa 60 anos nesta sexta-feira. O achado, que pode resultar num livro ainda este ano, está sob os cuidados do professor de Cambridge Arthur Gibson, que passou os últimos três anos trabalhando no arquivo, desaparecido desde o caos da Segunda Guerra Mundial. E desde que Wittgenstein, abalado com a morte do namorado que editava e adminstrava esse acervo, se desencantou com o material.

O arquivo de 170.000 palavras e equações matemáticas deve permitir mergulhos inesperados na mente do filósofo, além de desvendar a complexa relação que ele tinha com o homem que punha boa parte de suas ideias no papel – Francis Skinner, morto prematuramente aos 29 anos. A maioria dos arquivos foi ditada por Wittgenstein para Skinner, o que denota a proximidade de ambos. Skinner morreu em 1941 por complicações decorrentes de pólio, após ter passado 16 horas esperando por atendimento em um hospital de Cambridge.

Segundo o professor Arthur Gibson, a morte de Skinner provocou um colapso nervoso em Wittgenstein. Eles moravam juntos, passavam as férias juntos e chegaram a aprender russo juntos com o plano de emigrar para a União Soviética e trabalhar como agricultores ou médicos. Em sua tristeza, o filósofo empurrou o arquivo para um de seus outros alunos, onde permaneceu escondido e inexplorado até hoje, 60 anos após a morte de Wittgenstein, em 29 de abril de 1951.

Entre esses arquivos inéditos, estão 60 páginas do manuscrito do livro Wittgenstein’s Brown Book (algo como O Livro Marrom de Wittgenstein), que contém anotações sobre suas palestras em Cambridge na década de 1930, e uma introdução até aqui desconhecida. Gibson também acredita que um livro rosado de exercícios escolares norueguês com uma narrativa completa e desconhecida possa ser o item em falta de Wittigenstein chamado de Livro Rosa ou Livro Amarelo que os estudiosos têm esperado há muito tempo. Há também uma série de milhares de cálculos matemáticos em que Wittgenstein examina o teorema de Fermat.

“Eu fiquei atordoado quando abri o arquivo pela primeira vez. Era surpreendente porque era um arquivo inteiro nunca visto antes e praticamente novo. Ele fornece uma penetração em seus processos de pensamento. É como se vocês estivesse quase dentro de sua mente”, disse ao jornal The Guardian o professor Arthur Gibson.

O fato de as páginas terem demorado todos esses anos para serem exploradas se deve principalmente às circunstâncias. Em 1976, o material foi dado à Associação Matemática do Reino Unido (AM) pelo ex-presidente Reuben Goodstein, mas por falta de arquivistas profissionais não recebeu o devido valor. Em anos mais recentes, o arquivo foi entregue à Trinity College para investigação – um enorme trabalho eventualmente realizado por Gibson.

Esse novo material vai acrescentar muito para o conhecimento de um homem que foi tão excêntrico quanto brilhante. O fato de Gibson ter descoberto que Skinner não era apenas o escrivão de Wittgenstein, mas sim um parceiro que dividia a mesma casa e um co-editor de seus pensamentos o torna muito mais importante para a filosofia de Wittgenstein do que se pensava anteriormente.

Gibson está agora acertando os detalhes de sua pesquisa que deve ser publicada em livro ainda este ano. Para ele, a pesquisa foi algo como um trabalho de amor por conta de suas fortes ligações com Wittgenstein. “O arquivo nos mostra que imprevistos e novas questões revolucionárias ainda nos aguardam na filosofia de Wittgenstein e nos conhecimentos científicos que nós pensamos já entender’, disse Gibson.


Fonte: Veja Online

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Confederação Israelita do Brasil processa Partido Comunista Brasileiro

Foi publicado no site do Partido Comunista Brasileiro o artigo “Os donos do sistema - o poder oculto: de onde nasce a impunidade de Israel”, de autoria do jornalista Manuel Freytas, que, de acordo com a Confederação Israelita do Brasil (Conib), "utilizando-se de imagens apelativas, fortes distorções da realidade, argumentos conspiratórios e claramente antissemitas, acusa os judeus de controlarem a mídia, os bancos e as corporações transnacionais, além de arsenais nucleares e bancos centrais. O partido, ao veicular o texto, demonstra alto grau de desconhecimento do cenário político-econômico internacional, além de repetir velhos chavões, oriundos da apócrifa obra “Os Protocolos dos Sábios de Sião”, farsa montada pela polícia czarista da Rússia, no século XIX. Dessa forma, incentiva a discriminação e a proliferação da intolerância religiosa, étnica e racial em nosso país, onde tais pregações não têm acolhida”. Com base nas leis brasileiras que tratam de racismo e discriminação, bem como na lei orgânica dos partidos políticos, a entidade entrou com representação na Procuradoria Geral Eleitoral, pedindo a instauração de inquérito para a apuração e punição dos delitos cometidos pelo PCB. “A finalidade da representação é evitar que abusos e inverdades desencadeiem preconceitos contra a comunidade judaica brasileira”, explica a Conib.


Fonte: Jornal Alef

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Entrevista com o Dr. Martyn Lloyd Jones (vídeo legendado)

Ah, Senhor! Quão longe estou....





Postado por Gaspar de Souza

UMA VISÃO CRISTÃ DO CONTROLE DE ARMAS

Dr. Marshall C. St. John

Muitas denominações e grupos religiosos têm sido abordados por pessoas não-crentes na Bíblia, que são pacifistas, e querem desarmar os cidadãos cumpridores da lei. Porém, o Novo Testamento diz aos Cristãos que muitos dos nossos grandes “Herois da Fé” eram homens de armas.

E que mais direi? Faltar-me-ia o tempo contando de Gideão, e de Baraque, e de Sansão, e de Jefté, e de Davi, e de Samuel e dos profetas, Os quais pela fé venceram reinos, praticaram a justiça, alcançaram promessas, fecharam as bocas dos leões, Apagaram a força do fogo, escaparam do fio da espada, da fraqueza tiraram forças, na batalha se esforçaram, puseram em fuga os exércitos dos estranhos. (Hebreus 11. 32 – 34)

O que a Bíblia diz sobre os Cristãos e as Armas?

1. Os Cristãos deveriam estar no controle de suas proprias armas – em Lucas 22.36 Jesus ordenou aos seus discípulos: o que não tem espada, venda a sua capa e compre uma. Os discípulos não eram homens ricos e a capa era muito importante para eles. Então, vemos a urgência e a necessidade na mente de Cristo de seu povo ser armado com armas. Jesus está dizendo: “sua capa é valiosa e útil para você, mas você DEVE ter uma arma”. Jesus também ensinou: “Quando o valente guarda, armado, a sua casa, em segurança está tudo quanto tem” (Lucas 11:21). Porque Jesus ordenou-nos a comprar armas, a posse da arma legal deveria ser vista como um direito dado por Deus. O direito de autodefesa é inalienável, e não pode ser retirado por qualquer governante.

2. Os Cristãos deveriam disciplinar-se para realmente portar suas armas quando necessário defender a vida e a integridade física. Um bom exemplo do povo de Deus portando armas para autodefesa é Neemias 4. 11 – 18.

Disseram, porém, os nossos inimigos: Nada saberão disto, nem verão, até que entremos no meio deles, e os matemos; assim faremos cessar a obra. E sucedeu que, vindo os judeus que habitavam entre eles, dez vezes nos disseram: De todos os lugares, tornarão contra nós. Então pus guardas nos lugares baixos por detrás do muro e nos altos; e pus ao povo pelas suas famílias com as suas espadas, com as suas lanças, e com os seus arcos. E olhei, e levantei-me, e disse aos nobres, aos magistrados, e ao restante do povo: Não os temais; lembrai-vos do grande e terrível Senhor, e pelejai pelos vossos irmãos, vossos filhos, vossas mulheres e vossas casas. E sucedeu que, ouvindo os nossos inimigos que já o sabíamos, e que Deus tinha dissipado o conselho deles, todos voltamos ao muro, cada um à sua obra. E sucedeu que, desde aquele dia, metade dos meus servos trabalhava na obra, e metade deles tinha as lanças, os escudos, os arcos e as couraças; e os líderes estavam por detrás de toda a casa de Judá. Os que edificavam o muro, os que traziam as cargas e os que carregavam, cada um com uma das mãos fazia a obra e na outra tinha as armas. E os edificadores cada um trazia a sua espada cingida aos lombos, e edificavam; e o que tocava a trombeta estava junto comigo.

Está claro dessa passagem, e do restante do livro de Neemias, que um dos benefícios de estar armado era que eles nunca precisaram realmente USAR suas armas. O inimigo sabia que eles estavam armados e prontos, então o inimigo ficou de longe. A paz civil vem da força e prontidão [da população de bem], não do diálogo e pensamento positivo.

O Livro de Ester prove um exemplo do povo de Deus não apenas em portar armas, mas em usá-las para autodefesa (Et 8.17 – 9. 1 – 6):

Também em toda a província, e em toda a cidade, aonde chegava a palavra do rei e a sua ordem, havia entre os judeus alegria e gozo, banquetes e dias de folguedo; e muitos, dos povos da terra, se fizeram judeus, porque o temor dos judeus tinha caído sobre eles. E, NO duodécimo mês, que é o mês de Adar, no dia treze do mesmo mês em que chegou a palavra do rei e a sua ordem para se executar, no dia em que os inimigos dos judeus esperavam assenhorear-se deles, sucedeu o contrário, porque os judeus foram os que se assenhorearam dos que os odiavam. Porque os judeus nas suas cidades, em todas as províncias do rei Assuero, se ajuntaram para pôr as mãos naqueles que procuravam o seu mal; e ninguém podia resistir-lhes, porque o medo deles caíra sobre todos aqueles povos. E todos os líderes das províncias, e os sátrapas, e os governadores, e os que faziam a obra do rei, auxiliavam os judeus porque tinha caído sobre eles o temor de Mardoqueu. Porque Mardoqueu era grande na casa do rei, e a sua fama crescia por todas as províncias, porque o homem Mardoqueu ia sendo engrandecido. Feriram, pois, os judeus a todos os seus inimigos, a golpes de espada, com matança e com destruição; e fizeram dos seus inimigos o que quiseram. E na fortaleza de Susã os judeus mataram e destruíram quinhentos homens;

O perverso Hamã tinha arquitetado o assassinato de todos os judeus do reino da Pérsia, mas em vez disso, ele e seus comparsas foram mortos pelos judeus que eles atacaram. Este ato de autodefesa foi aprovado por Deus e comemorado Festa de Purim dos Judeus até os dias de hoje.

3. Os Cristãos deveriam, pessoalmente, regulamentar o acesso e uso de suas próprias armas. Armas são como ferramentas. Não se deveria permitir crianças pequenas brincarem com uma lâmina afiada de barbear, com uma faca, uma furadeira ou serrotes. Fazer isso é um convite a ferimentos ou, pior, morte. Assim, você deve manter essas ferramentas em um lugar e condições seguras, para que suas crianças não as alcancem e brinquem com elas. Os Cristãos têm o mesmo dever de usar o mesmo cuidado com as armas de fogo tal como fariam com as ferramentas caseiras. Quando não são usadas, são trancafiadas e mantidas longe de alcance. Qualquer Cristão que deixe uma arma onde uma criança possa alcançar e brincar com ela está agindo com grande irresponsabilidade, sem contar com a grande pecaminosidade. Suas armas devem ou estar trancadas ou sob seu controle pessoal. Não existe outra opção. Do mesmo modo, é dever do Cristão controlar suas armas de tal modo que ladrões ou bandidos as roubem.

4. Os Cristãos deveriam restringir-se e disciplinar-se sobre o uso de suas armas. O Cristão deveria ter aulas de segurança de armas e memorizar todas as regras de segurança. Deveria ler todo o manual, de capa a capa, que vier com as armas. Deveria usar a arma com conhecimento. Disciplinar sua mentes e espírito para garantir que nunca iria usar uma arma para brincar, ou com descuido, negligencia, criminalmente ou com ira. Se o Estado oferece autorização para o porte, o Cristão deve seguir as leis do Estado, seguir as regras e obter uma licença. Deus quer que os Cristãos sejam cidadãos cumpridores da lei.

5. Os Cristãos deveriam manter e portar armas em prol da criação de uma sociedade de paz e liberdade. Cristo ordenou a seu povo a amar seu próximo com a si mesmo. É dever do Cristão não apenas defender a própria vida e a vida de seus familiares, mas defender a vida do próximo também. Devemos não apenas evitar que os criminosos roubem nossas coisas, mas devemos também evitar que eles roubem coisas do nosso próximo. Em outras palavras, é nossa responsabilidade criar uma sociedade na qual os direitos individuais das pessoas sejam honrados, e na qual os criminosos sejam presos e punidos. Tomamos um passo nessa direção quando mantemos e portamos armas. É um fato bem documentado que as cidades que tiveram armas longe das mãos de cidadãos comuns cumpridores da lei têm a maior taxa de crimes e homicídios nos Estados Unidos. Cidades e Estados que defendem os direitos dos cidadãos contidos na Segunda Emenda desfrutam da mais baixas taxas de crimes e homicídios. Os Cristãos deveriam portar armas legais por causa dos seus vizinhos, assim como de si mesmo.

Então, qual é a visão cristã do controle de armas? Em uma frase: os Cristãos devem permanecer no controle de seu direito de manter e portar armas. Esse tipo de controle de armas será bom para eles, seus vizinhos e sociedade em geral.

Fonte: Mouse Guns

Postado e Traduzido com adaptações por Gaspar de Souza

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Os Cristãos e as Armas


Existem pessoas que pensam que os Cristãos não deveriam portar ou usar armas. Nesta passagem do Evangelho de João é evidente que Pedro portava armas com o consentimento de Jesus Cristo. Vamos ler

Mas Jesus disse a Pedro: Põe a tua espada na bainha; não beberei eu o cálice que o Pai me deu? (João 18:11)

Nesses versos vemos que Jesus ordenou a Pedro a guarder a sua espada na bainha. Isto significa que Pedro tinha sua espada pendurada em seu corpo de modo visível. Não era um punhal escondido entre suas vestes; era uma espada na bainha. Se Jesus fosse contra portar armas, ele certamente não teria permitido Pedro carregar sua espada. Isto demonstra para nós que o Senhor não se opõe a ter armas, nem ele prega contra elas.

Em Lucas 22. 35, 36 podemos ver novamente que Jesus não se opôs a posse de armas, porque ele mesmo disse aos seus discípulos para comprar espadas.

E disse-lhes: Quando vos mandei sem bolsa, alforje, ou alparcas, faltou-vos porventura alguma coisa? Eles responderam: Nada. Disse-lhes pois: Mas agora, aquele que tiver bolsa, tome-a, como também o alforje; e, o que não tem espada, venda a sua capa e compre uma.

João Batista ensinou de modo semelhante a Jesus. Ele não falou para os Romanos deixarem de ser soldados, mas para serem honesto. João não está pregando uma doutrina contrária a Cristo, mas de acordo com a vontade do Senhor.

E uns soldados o interrogaram também, dizendo: E nós que faremos? E ele lhes disse: A ninguém trateis mal nem defraudeis, e contentai-vos com o vosso soldo. (Lucas 3:14)

João e Jesus nunca falaram aos soldados para deixarem a milícia, mas disseram para a prostituta parar de pecar. É evidente que portar armas não é pecado, mas a fornicação é. Se portar armas ou ser militar fosse um pecado, certamente que Jesus e João teriam claramente dito sobre isso, porque ele nunca temiam ensinar o que era correto.

Antes de Jesus nascer, durante o período helênico, muitos irmãos pensavam que era pecado lutar em sua defesa num dia de sábado. Eles chegaram a essa conclusão errada por ler seções das Escrituras de modo aleatório. Eles acreditavam que era preferível deixar o inimigo matá-los no sábado a lutar contra eles. Se ao invés de acreditarem que era no que lhes foi ensinados por mestres tolos, eles teriam lido no Livro de Josué e visto que este grande homem de Deus lutou uma guerra no sábado. Claro o suficiente, durante o cerco de Jericó, eles rodearam a cidade sete dias consecutivos, dos quais, com certeza, um deles era um sábado. Por isso foi-lhes permitidos fazer guerra aos sábados.

ORA Jericó estava rigorosamente fechada por causa dos filhos de Israel; ninguém saía nem entrava. Então disse o SENHOR a Josué: Olha, tenho dado na tua mão a Jericó, ao seu rei e aos seus homens valorosos. Vós, pois, todos os homens de guerra, rodeareis a cidade, cercando-a uma vez; assim fareis por seis dias. E sete sacerdotes levarão sete buzinas de chifres de carneiros adiante da arca, e no sétimo dia rodeareis a cidade sete vezes, e os sacerdotes tocarão as buzinas. (Josué 6. 1 – 4)

Assim como os irmãos da época helênica estavam errados a respeito de defenderem-se no sábado, existem milhões de Cristãos agora que estão errados a respeito de portar armas para defenderem suas esposas e filhos.

Satanás sempre empurrará os Cristãos para um extremo ou para o outro.


Traduzido por Gaspar de Souza

terça-feira, 26 de abril de 2011

UM GLOSSÁRIO VANTILIANO - PARTE 1

John Frame

Traduzido com algumas adaptações, como por exemplo, as numerações dos verbetes e a numeração das páginas. São 60 vocábulos que serão postados por partes. O artigo original encontra-se em ordem alfabética. As notas de rodapé são do tradutor.

Referências
Bahnsen
= Greg L. Bahnsen, Van Til’s Apologetic: Readings and Analysis (Phillipsburg: P&R, 1998).

Frame
= John M. Frame, Cornelius Van Til: an Analysis of His Thought (Phillipsburg: P&R, 1995).

VT
= Van Til

Glossário

1. Personalidade Absoluta: Caracterização básica de Deus em Van Til. Diferente de qualquer visão não-cristã, o Deus bíblico é absoluto (a se, autoexistente, auto-suficiente, autocontido) e pessoal (pensando, comunicando, agindo, amando, julgando). Veja Frame, 51ss.

2. Ad hominen: Argumento que expõe deficiência no argüidor, ao invés das deficiências na proposição sob discussão. Então, é uma falácia lógica. Porém, muitas vezes o argumento ad hominem é apropriado. Ver Bahnsen, 116ss, 468, 492; Frame, 153.

3. Plenamente Condicionado – Caracterização de Van Til de Deus em “Por que Creio em Deus”(ver Bahnsen, 121 – 143). Deus é o único quem, no final das contas, influencia toda realidade, incluindo nossos próprios pensamentos e raciocínio sobre Ele.

4. Analogia, Raciocínio Analógico - (1) (Aquino) Pensamento em linguagem que não é nem literalmente verdade (unívoco), nem desassociado ao tema (equívoco), mas que tem uma semelhança genuína com aquele tema. (2)(VT) Pensamento em sujeição à Revelação de Deus e, por isso, pensa os pensamentos de Deus depois Dele.

5. Antítese – A oposição entre o Pensamento Cristão e Não-Cristão. Veja Frame, 187ss.

6. Apologética – o ramo da Teologia que dá razões para nossa esperança. VT via [a apologética] como envolvendo prova, defesa e ataque.

7. A priori – Conhecimento adquirido antes da experiência, usado para interpretar e avaliar a experiência. Contrasta com o conhecimento a posteriori, conhecimento surgido como resultado da experiência. Veja Bahnsen, 107n, 177.

8. Autoridade do Especialista – submissão ao conhecimento de alguém melhor informado, ao invés da submissão absoluta a Deus como o critério da Verdade. Para VT, este é o único tipo de autoridade que o incrédulo aceitará.

9. Autonomia – a tentativa de viver aparte de qualquer lei externa a si mesmo. Para VT, este é a atitude padrão da incredulidade. Ver Bahnsen 109 e nota.

10. Metodologia Blocause (do Suposto Consenso)(ver nota 1) : Uma abordagem apologética que começa com as crenças supostamente em comum entre crentes e descrentes, então tenta completar este terreno comum com uma verdade adicional. VT considera esta metodologia na distinção de Tomás de Aquino entre razão natural e fé, e em outras formas de "apologética tradicional”. Ver Bahnsen, 64, 535s, 708s

11. Capital Emprestado – a verdade conhecida e reconhecida pelo incrédulo. Ele não tem direito a acreditar ou asseverar a verdade em termos de suas pressuposições, mas apenas sobre dos Cristãos. Então, suas declarações da verdade são baseadas em capital emprestado(ver nota 2).

12. Fato Bruto – (1)(em VT) fato não interpretado (por Deus, pelo homem ou por ambos) e, por conseguinte, é a base para toda interpretação; (2) fato objetivo: fato não dependente do que o homem pensa sobre ele.

13. Certeza – (1) segurança da crença de alguém (também certitude). (2) a impossibilidade de uma proposição ser falsa. VT enfatiza que a Verdade Cristã é certa e deveria ser apresentada como uma certeza, não como mera probabilidade (q.v)

14. Acaso – Eventos que ocorrem sem causa ou razão. Ver Bahnsen, 728.

15. Argumento Circular – (1) argumento no qual a conclusão de um argumento é uma de suas premissas; (2) argumento que supõe alguma coisa que, de forma geral, não seria presumido por alguém que não cria na conclusão. Ver Bahnsen, 518ss, Frame, 299ss.

Notas:


1. Por sugestão de um amigo tradutor (Marcos Vasconcelos), foi preferido traduzir o termo “blockhouse” como “blocause”. Dentro do contexto vantiliano, bem pode ser entendido como “Suposto Consenso” ou uma Construção de um caso, um passo de cada vez, do reino da "razão" para o reino da "fé"(William Edgar)

2. Em outras palavras, o não-cristão não tem, na base de sua epistemologia, nenhuma razão sólida para seu discurso sobre a Verdade (seja ética, moral, religiosa, científica etc), pois não há nada na sua Cosmovisão que sustente tais conceitos. Assim, o não-cristão “pega emprestado” da Cosmovisão Cristã as Pressuposições do Teísmo Cristão para afirmar tais conceitos. Enfim, a Cosmovisão Não-Cristã demonstra-se incoerente e insuficiente.

Postado e Traduzido por Gaspar de Souza

FILOSOFIA, EXEGESE E APOLOGÉTICA - UM RELATÓRIO DE MEUS ESTUDOS NO CPAJ

Nos dias 04 - 15 de abril participei de dois novos módulos no Centro de Pós-Graduação Andrew Jumper - Universidade Presbiteriana Mackenzie. O primeiro foi sobre a proposta teológico-filosófica do Filosófo e Jurista Holandês Herman Dooyeweerd, ministrada pelo Prof. Fabiano Oliveira. Abaixo segue um resumo dos antecendentes históricos e filosóficos de Herman Dooyeweerd (Espero que o Prof. Fabiano não se incomode em eu postar aqui parte de minha avaliação entregue a ele). O pensamento do Filósofo é gigantesco! Eu diria que Dooyeweerd está para a filosofia reformada como Kant está para academia secular. O segundo módulo foi sobre a Apologética de Cornelius Van Til (No próximo post publicarei parte de um glossário vantiliano). Nas leituras realizadas percebemos como estes dois filósofos foram influentes em outros pensadores e em outras áreas: filosofia, psicologia, economia, direito, teologia etc. A cada aula e a cada leitura novas descobertas. Principalmente a robustez em fazer filosofia sob o referencial das Escrituras, fundamentado em uma metodologia exegética, construída com o mesmo rigor filosófico contido em obras de outros filósofos. Além do mais, também foi edificante aprender da piedade desses dois pensadores. Os Cristãos reformados estão fazendo filosofia e teologia robustas, solidificada à luz da Exegese, da Exposição e do refinamento filosófico atualizado. Num diálogo crítico com outras Escolas, não se tem medo de enfrentar e debater as questões relacionadas a nossa disciplina (Teológia Filosófica) ou à disciplina alheia (Filosofia).
No próximo semestre, querendo Deus, faremos os módulos "Modernidade e Pós-Modernidade" e "A Apologética de Francis Schaeffer". Pelo rigor acadêmico que tenho visto no CPAJ, sei que serão tão bons quanto os anteriores. Ansioso pelo dia!
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Herman Dooyeweerd

O contexto histórico-filosófico do holandês Herman Dooyeweerd (1894 – 1977) encontra-se entre dois pólos. Primeiro, no contexto do NeoCalvinismo Holandês e, segundo, a filosofia alemã contemporânea, tanto do neo-kantismo, quanto da Fenomenologia de Edmundo Husserl. Isso sem menosprezar a influência familiar na formação do Dooyeweerd, na qual teve seus primeiros contatos com o neocalvismo por parte de seus pais. Wolters (1987), afirma que “Dooyeweerd não pode ser entendido se a apreciação de ambos os movimentos”.

No primeiro ambiente, a filosofia de Dooyeweerd pode ser seguida desde as primeiras formulações do movimento fundado pro Guillaume Groen van Prinsterer (1801 – 1876) e Abraham Kuyper (1837 – 1920) conhecido como neocalvismo. Van Prinsterer, aristocrata holandês e fundador do Partido Alemão Anti-revolucionário, argumentava, com base em sua importante obra, Unbelief and Revolution (1847), que se o Cristianismo fosse eliminado da vida pública, o resultado seria o caos da ordem por meio de uma revolução violenta (BISHOP). A conseqüência de sua exposição nos leva ao segundo grande pensador e propagador das ideias primordiais de van Prinsterer, Abraham Kuyper.

Kuyper exerceu maior influência sobre Dooyeweerd e é o mais conhecido do Neocalvinismo. Através de publicações e envolvimento eclesiástico (como pastor) e político (como líder do Partido Anti-revolucionário e posteriormente Primeiro Ministro), Kuyper pôde desenvolver uma visão reformada que fosse além dos aspectos soteriológicos do Calvinismo. Para Kuyper, apropriando-se dos conceitos de Weltanschauung já depurados por James Orr, o Calvinismo é uma Cosmovisão completa de vida, ou seja, o Calvinismo é um sistema completo de mundo e de vida. O próprio Dooyweerd confessa sua dependência, ainda que não sem críticas, da influência kuyperiana.


A filosofia da Ideia Cosmonômica, desde o começo de seu desenvolvimento até sua primeira expressão sistemática nesta obra, somente pode ser entendida como fruto do despertamento Calvinista na Holanda desde as últimas décadas do século XIX, um movimento que foi liderado por Abraham Kuyper (DOOYEWEERD, 1984, p. 523).


Isto posto, não podemos esquecer ainda a participação de seu cunhado D.H.T. Vollenhoven (1892 – 1978) que, marcadamente providenciou a Dooyeweerd uma abrangente visão acerca da estética, arte, economia, educação e outras ciências, especialmente história e filosofia.

No âmbito filosófico, a segunda principal influência sobre Dooyeweerd foi a Filosofia Alemã, especialmente em sua vertente neo-kantiana e fenomenológica. O próprio Dooyeweerd confessa isso no prefácio de sua principal obra, A New Critique of Theorical Thought, dizendo: “Eu estava fortemente sob influência da filosofia Neo-Kantiana, [e] posteriormente sobre a fenomenologia de Husserl”(DOOYEWEERD, 1984, p. v). Wolters (1987), diz que esta “é o fator mais importante para entender algumas das características mais estritas e técnicas” do pensamento de Dooyeweerd. No primeiro caso, a participação de Wilhelm Windelbrand e Heinrich Rickert, que contribuirão para a distinção entre Normas e Leis da Natureza (WOLTERS, 1987) e Nicholai Hartmann, cujos aspectos modais de sua filosofia marcarão o pensamento de Dooyeweerd que sofisticará a idéia de Hartmann e, ainda, a postulação de diferentes níveis ontológicos no qual cada nível é irredutível a um anterior (WOLTERS).

Enfim, o método transcendental do neo-kantismo seria criticado sob uma ótica biblicamente orientada, passando a ser uma nova crítica do pensamento teorético. Assim, conceitos como idéia, sujeito, conceito, transcendente, transcendental etc., passam por um refinamento em Dooyeweerd que se interessa pelo ferramental da filosofia de modo crítico e refletido sob “os pressupostos revelacionais”(OLIVEIRA, 2011, p. 56).


Postado por Gaspar de Souza

sexta-feira, 1 de abril de 2011

SEMANA TEOLÓGICA SPN - NÃO PERCA!

Fonte: SPN

O OUTRO LADO DA HISTÓRIA - Revolução Democrática de 31 de Março de 1964

ACADEMIA MILITAR DAS AGULHAS NEGRAS
ACADEMIA REAL MILITAR (1810)
DIVISÃO DE ENSINO – SEC ENS "A"
CADEIRA DE HISTÓRIA MILITAR


1. INTRODUÇÃO

A Revolução Democrática de 31 de março de 1964 foi um movimento que visava, acima de tudo, evitar que o Brasil fosse entregue nas mãos dos comunistas.

É muito simples para qualquer pessoa, nos dias de hoje, levantar argumentos que contrariem os fundamentos nos quais se baseiam os regimes ditos socialistas/comunistas. Com a queda do muro de Berlim em 1989, com a derrocada político-econômica-militar da ex-União Soviética e, em conseqüência, a realidade que surgiu das luzes lançadas nos porões dos governos comunistas é possível provar de forma sobeja e cristalina a contradição do regime dirigido por Moscou desde 1918 e imitado pela China e tantos outros países.

No entanto, se observarmos com atenção o passado recente do Brasil (1922-1964) e reagirmos os fatos ocorridos com a conjuntura mundial correspondente, veremos que a Revolução de 64 representou o clímax de um longo ciclo revolucionário que começou com a Rev de 1922 (tenentismo) no Rio de Janeiro e terminou com aquela que é considerada "a revolução para acabar com todas as revoluções" (31 Mar 64).

É importante salientar, ainda, que a chamada Guerra Fria, dividiu o mundo em dois pólos opostos fazendo com que o segmento militar brasileiro, de vocação legalista, mas acima de tudo, comprometido com os valores democráticos, se posicionasse nitidamente contra os regimes totalitários/comunistas.

O trabalho a seguir apresentado tem por objetivos:

- Identificar os principais antecedentes da Revolução Democrática de 31de março de1964;

- Explicar a participação das Forças Armadas no movimento; e,

- Apreciar as conseqüências e repercussões da revolução para o Brasil.


2. DE MARX À GUERRA FRIA


a. A Revolução Industrial e o Socialismo Científico

A Revolução Industrial foi iniciada na Inglaterra na segunda metade do século XVIII, estendendo-se para outros países da Europa, para o Japão e para os Estados Unidos durante o século XIX.


A Inglaterra, em meados do século XVII, possuía condições muito favoráveis para ser pioneira e líder do processo de industrialização, sendo, dentre outras, as que seguem abaixo:



- capitais acumulados durante a Revolução Comercial, transformando Londres, com seu sistema bancário e sua bolsa de valores , no maior centro financeiro da Europa;



- supremacia naval originada com os Atos de Navegação de 1651, associada com o declínio do poderio naval holandês;



- disponibilidade de mão-de-obra provocada pela grande migração do campo para as cidades fruto do fenômeno dos "cercamentos", o qual se caracterizou pela expulsão dos camponeses de suas terras comunais empreendida pelos nobres ingleses nos séc XVII e XVIII, transformando-as em pastagens para criação de ovelhas , cuja lã era vendida como matéria-prima para fabricação de tecidos;



- instauração da monarquia parlamentar, possibilitando à burguesia maior participação no governo e na vida política do país, impulsionado com isso o desenvolvimento do capitalismo inglês;



- inovações tecnológicas aliadas à sua posição insular e à existência de ricas jazidas de ferro e carvão.


A industrialização intensificou o processo de urbanização, pois estimulou a migração das populações rurais e sua concentração na periferia das cidades manufatureiras.A moderna sociedade urbana e industrial condicionou o processo de formação das duas classes fundamentais do capitalismo da época: a burguesia e o proletariado industrial.



Com a Revolução Industrial, a burguesia se tornou a classe economicamente dominante da sociedade européia e, a partir da Revolução Francesa, foi também conquistando poder político nos diversos países desse continente. O proletariado industrial, por sua vez, era submetido a extenuantes jornadas de trabalho, não era amparado por leis trabalhistas e não tinha representatividade política.



Nesse contexto, característico da primeira metade do século XIX, inúmeros pensadores e intelectuais ligados à burguesia e ao proletariado elaboraram novas doutrinas econômicas e sociais profundamente vinculadas ao processo de industrialização e urbanização: o liberalismo e o socialismo.


1) Características do Liberalismo



As teorias fundamentadoras do liberalismo foram desenvolvidas, principalmente, pelos chamados economistas liberais (ou clássicos), destacando-se Adam Smith, considerado o pai do liberalismo e o fundador da escola clássica.



Os princípios econômicos formulados por Adam Smith (1) em "A Riqueza das Nações", publicado em 1776, corresponderam à fase inicial da Revolução Industrial inglesa, sendo posteriormente desenvolvidos por seus discípulos, entre os quais se destacaram, Thomas Malthus(2), David Ricardo(3) e Nassau Senior.


2) O Socialismo Científico e seus princípios fundamentais


A Revolução Industrial criou, como já vimos, condições para o desenvolvimento do pensamento socialista, ligado à nascente classe operária. Se a Inglaterra foi o berço das idéias liberais, a França foi a pátria das idéias socialistas. Surgindo nos primórdios da industrialização e correspondendo à infância da classe operária, o socialismo pregava reformas que, em vez de programas reais de transformação da sociedade da época, propunham projetos ideais para a construção da sociedade futura, daí denominarem-se seus seguidores de socialistas utópicos.


Os três principais representantes do socialismo utópico forma Henri de Saint-Simon, Charles Fourier e Robert Owen.


No que concerne ao Socialismo Científico, pode-se conceituá-lo como sendo o nome que receberam todas as teorias desenvolvidas, em meados do séc XIX, por Karl Marx e Friedrich Engels, que com a publicação do "Manifesto Comunista" de 1848 assinalaram o seu surgimento.


Marx e Engels, fruto de seus estudos de economia, história e filosofia, chegaram à conclusão de que seria possível construir , a partir do capitalismo bastante desenvolvido ou industrializado e sob direção do proletariado, uma sociedade socialista ou sem classes. Nela o Estado, a princípio controlado pela classe proletária, iria desaparecer com o tempo, dando lugar ao comunismo, a etapa final do socialismo.


A expressão socialismo científico foi criada por Marx e Engels para diferenciar suas idéias das de outros autores, principalmente os teóricos do socialismo utópico, os quais, como já vimos, estariam direcionados para a sociedade do amanhã.


Os fundadores do socialismo científico, ao contrário, estavam preocupados com a evolução histórica da sociedade, visando entender seu presente, desejosos em descobrir as forças que nela provocariam a modificação para a sociedade do futuro.


O Socialismo Científico, preconizado por Marx e Engels, possuía os seguintes princípios fundamentais:


- as transformações da sociedade como resultado das forças econômicas;


- a luta de classes como força motriz imediata da história;


- o proletariado como agente de transformação da sociedade capitalista;


- fim da exploração do homem pelo homem;


- propriedade social dos meios de produção (fábricasd-terras-bancos)


- construção de uma sociedade sem classes;


- desaparecimento gradual do Estado;


- o advento do socialismo como fase de transição para o comunismo.


- liberdade de contrato (empregador-empregado);


- livre concorrência e o livre-cambismo (ñ-protecionismo).


3) O Comunismo no Brasil


a) Surgimento


O comunismo surge no Brasil como influência da Revolução Bolchevista de 1917, a qual implantou o comunismo na Rússia.


Em março de 1922 é fundado o Partido Comunista no Brasil que aceita, em 1924, as 21 condições de admissão à Terceira Internacional (ou Komintern – fundado por Lênin em 1919).


O Komintern tinha por objetivo difundir e apoiar a implantação do comunismo em escala mundial.


A título de exemplo da total submissão exigida pelo regime soviético, cujas exigências incluíam a negação de valores fundamentais como o patriotismo, transcrevemos a seguir a 6ª condição de admissão ao Komintern:


"Todos os partidos comunistas devem renunciar não somente ao patriotismo como também ao pacifismo social e demonstrar sistematicamente aos proletários que sem a derrubada revolucionária do capitalismo não haverá desarmamento e paz mundial".


b) A Intentona Comunista de 1935


Ultrapassados os movimentos revolucionários e as revoltas de 1922 no Rio de Janeiro, de 1923 no Rio Grande do Sul, de 1924 em São Paulo, da Coluna Prestes entre 1925 e 1927, vamos desembocar na Revolução de 1930, que consegue o que os outros movimentos não conseguiram: por um fim à política do café-com-leite fundamentada no poder das oligarquias paulista e mineira que lideravam a política nacional determinando o resultado das eleições, indicando, inclusive, o presidente da república.


Com a vitória na Revolução de 30, Getúlio Vargas implementa um governo forte e centralizador que contrariava vários segmentos que haviam apoiado sua ascensão ao poder. Particularmente, o Estado de São Paulo clamava por um tratamento digno de suas lideranças e por uma Constituição.


Tal crise originou, como já foi estudado anteriormente, a Revolução de 1932 que teve como conseqüência principal a elaboração da Constituição de 1934 que,, influenciada pela Constituição alemã de Weimar, apresentava características liberais e centralizadoras.


O período do governo constitucional de Getúlio Vargas foi uma fase marcada pelo choque entre duas correntes ideológicas, influenciadas pelas ideologias de origem européia: a Ação Integralista Brasileira (AIB) e a Aliança Nacional Libertadora (ANL).


A AIB, nascida em São Paulo, fundada e liderada por Plínio Salgado caracterizou-se por ideologia e métodos fascistas. Pretendia a criação de um "Estado Integral", ditatorial, com um só partido e chefe único.


A ANL, por sua vez, surgiu como um movimento de Frente Popular, de composição variada contra o fascismo.


Desde sua fundação, a Aliança Libertadora Nacional, contava com a ativa participação de comunistas (Luís Carlos Prestes era seu presidente honorário) e propunha a reforma agrária, constituição de um governo popular, cancelamento das dívidas externas e nacionalização das empresas estrangeiras.


Os violentos choques entre integralistas e comunistas eram habilmente utilizados por Getúlio Vargas, que mostrava à classe média e aos militares os perigos de uma política aberta.


O medo à subversão vermelha e os discursos inflamados de Luís Carlos Prestes levaram o Congresso Nacional a promulgar uma Lei de Segurança Nacional, concedendo ao governo federal amplos poderes para reprimir a ação da ANL.


Em 13 de julho de 1935 o QG da ANL é invadido por forças do governo e com base nos documentos achados em seu interior a organização é acusada de ser financiada pelo comunismo internacional.


A prisão de alguns líderes, o fechamento da ANL e a impossibilidade, agora, de chegar legitimamente ao poder levaram a ala mais radical da Aliança a uma frustrada tentativa (intentona) de implantação do comunismo no Brasil pela força das armas, liderada por Luís Carlos Prestes, que termina no Rio de Janeiro, em 27 Nov 35, com a prisão dos insurretos.


c) O breve retorno à legalidade – 1945/47


Em fins de 1943, cresce a pressão contra a ditadura do Estado Novo de Vargas (instituído com o golpe baseado no Plano Cohen em 1937).


A participação do Brasil na II Guerra Mundial, através de sua Força Expedicionária (FEB), lutando contra o nazi-fascismo, deixava à mostra as contradições da ditadura Vargas.


É importante ressaltar que o PCB, seguindo disciplinadamente a orientação de Moscou, aceitou a diretriz segundo a qual deveria apoiar o governo, agora aliado à luta antifascista.


Ao entrar na guerra o Brasil estabeleceu relações diplomáticas com a União Soviética pela primeira vez em sua história.


Até Luís Carlos Prestes, ainda preso por sua participação na Intentona Comunista de 35, demonstrando total submissão a Moscou, dizia que era preciso "estender a mão ao inimigo da véspera, em nome das necessidades históricas".


Cumpre ressaltar que o governo Vargas fora responsável por manter Prestes cerca de dez anos na prisão e pelo envio para um campo de extermínio nazista, em 1936, de sua mulher, Olga Benário Prestes, em fase final de gravidez.


Olga Benário era uma judia-alemã que bem jovem (16anos) começara a militar no partido comunista alemão, participando, inclusive, de ações armadas, e que fora encarregada de acompanhar Prestes quando de seu retorno de Moscou para liderar a revolução comunista no Brasil.


Neste momento, é interessante tomarmos uma pausa para reflexão:


Que estranho desígnio, que misteriosa força, que delírio ideológico faz com que um homem (Prestes) venha a apoiar publicamente e venha, inclusive, a apertar as mãos daquele (Vargas) que fora responsável por sua prisão por dez anos e que deportara sua mulher, grávida de sete meses, para a Alemanha nazista onde foi, posteriormente, morta num campo de concentração?


No início de 1945 Vargas, fruto das pressões recebidas, resolve tomar as seguintes medidas:


- liberar a criação de partidos políticos (dando origem à formação das siglas UDN-PSD-PTB-PSP;


- reabilitar o Partido Comunista Brasileiro ( PCB);


- estabelecer as eleições presidenciais para Dez 45; e,


- libertar presos políticos, dentre eles Luís Carlos Prestes.


Teve, então, início o movimento queremista assim chamado em função do slogan "Queremos Getúlio", composto por partidários de Getúlio Vargas, dentre eles, os comunistas.


As relações de Getúlio com os comunistas e a decorrente possibilidade de um novo golpe de Vargas, provoca sua queda.


Vargas é destituído pelos Generais Góes Monteiro e Eurico Gaspar Dutra.


O Gen Dutra é eleito presidente e assume em 1946.


Em 1947 tem início a Guerra Fria com a colocação em prática da Doutrina Truman.


Em 1947 o Brasil alinha-se com os EUA (vide TIAR), o PCB é colocado na ilegalidade e o governo Dutra rompe relações diplomáticas com a URSS.



3. ANTECEDENTES (55-64)


a. A crise de novembro de 55


b. O governo de Juscelino e Goulart (1956 – 1960)


A espinha dorsal do governo de Juscelino era o Programa ou Plano de Metas que resultou na construção de Brasília e em outras grandes obras como usinas hidrelétricas, estradas, indústrias (automobilística) etc...


Esse plano tinha por objetivo o desenvolvimento de cinco pontos básicos: energia, transporte, alimentação, indústria de base e educação.


Com a meta de atingir cinqüenta anos de progresso em cinco de governo, a administração Juscelino efetuou vultosos gastos que elevaram a inflação/custo de vida e provocaram, como reação, diversas greves.


No campo político o governo Juscelino caracterizou-se pela habilidade em manobrar em meio as pressões da esquerda e da direita.


No caso do Partido Comunista, por exemplo, observa-se que teve uma relativa margem de atuação, publicando o semanário "Novos Rumos", o qual tinha venda livre nas bancas, apoiando abertamente o rompimento do governo com o FMI.


Com relação aos militares comprou novos equipamentos, como o porta-aviões Minas Gerais, e contornou com êxito as rebeliões de Aragarças e Jacareacanga, lideradas por oficiais da Força Aérea.


c. O governo Jânio Quadros ( UDN –1961)


Eleito com 48% dos votos, Jânio Quadros tornou-se presidente do Brasil, e João Goulart, mais uma vez, foi empossado na vice-presidência.


Governando de maneira personalista e folclórica, as atitudes de Jânio despertaram a preocupação da sociedade brasileira como um todo e, em particular, do segmento militar.


No campo econômico, Jânio implementou medidas estabilizadoras e antiinflacionárias que geraram um grande custo político pois provocaram o descontentamento tanto de empresários quanto de trabalhadores.


Sua política externa, que pretendia ser independente e neutra, causou comoção em uma época onde a sensibilidade da comunidade internacional exacerbava-se, no auge da guerra fria, ante a possibilidade de um conflito nuclear.


Provavelmente, Jânio renunciara, esperando que a popularidade que o conduzira ao poder o fizesse, desta feita, voltar nos braços do povo e com as mãos livres para exercer o governo do país conforme lhe aprouvesse, plenamente independente.


O erro de avaliação cometido por Jânio ao renunciar em 25 Ago 61, mergulharia o país em uma crise que quase o conduziu a uma guerra civil.


É importante destacar que a conjuntura mundial, no início da década de 60, também apresentava graves focos de tensão cujos reflexos se faziam sentir no cenário nacional e que bem justificam a preocupação do segmento militar com a manutenção dos valores democráticos e com a preservação das instituições.


Como exemplo, podemos citar a construção do muro de Berlim e o início da fase americana da Guerra do Vietnã em 1961 e a crise dos mísseis em Cuba, que quase conduziu o mundo a uma guerra nuclear em 1962.


d. O governo João Goulart (07 Set 61 – 30 Mar 64)


Por ocasião da renúncia de Jânio Quadros, João Goulart encontrava-se na China comunista em viagem oficial.


Os ministros militares receosos de que "Jango" tentasse estabelecer no Brasil uma república sindicalista, ou pior ainda, um governo comunista, vetaram a volta de João Goulart ao Brasil, alegando razões de segurança nacional.


A situação tornou-se mais tensa quando o governador do Rio Grande do Sul, Leonel Brizola, partidário e cunhado de "Jango", deflagrou a campanha pela legalidade, utilizando uma cadeia de rádio para insuflar a população contra a decisão de vetar a posse de João Goulart.


Conseguindo o apoio do Cmt do então III Exército (atual CMS), comandado na época pelo Gen Machado Lopes, criou-se um impasse que poderia levar o Brasil a uma situação de guerra civil.


Graças à proposta apresentada pelo Congresso Nacional, que previa a instauração do parlamentarismo, houve o acordo com os ministros militares, evitando-se o perigo de uma confrontação armada (guerra civil).


1) A antecipação do plebiscito


Tão logo assumiu a presidência, João Goulart começou a articular a antecipação do plebiscito popular sobre a permanência do regime parlamentarista, prevista para 1965.


Conseguindo o fim do parlamentarismo em plebiscito popular em 6 de janeiro de 1961, Jango assumiu plenos poderes como presidente da república, porém os problemas político-econômicos continuaram :


- inflação e eclosão de conflitos políticos;


- reforma agrária sem nenhum acordo; e,


- influência de Brizola, que organiza o "Grupo dos Onze", verdadeiras células comunistas para a difusão da luta armada.


2) Expansão comunista no governo Goulart


a) Janeiro de 1962


- Comunistas dominam a União Nacional dos Estudantes (UNE), a Petrobrás e os sindicatos de transportes, agora unidos em comando único através do Pacto União e Ação (PUA);


- Dominam a Confederação Nacional dos Trabalhadores de Indústrias e outros sindicatos; e,


- Realizam a publicação diária da "Voz Operária", jornal do PCB.


b) Fevereiro de 1962


- Leonel Brizola encampa empresa telefônica no RS (início da campanha de naionalização/estatização);


- Exército constantemente atacado pela imprensa infiltrada por comunistas; e,


- pregação comunista torna-se aberta, sendo que Luís Carlos Prestes, com apoio oficial, traz exposição soviética para o Rio de Janeiro.


c) Maio-Junho de 1962


- Partido Comunista, mesmo na ilegalidade, realiza comícios ostensivos e campanhas populares;


- Movimento de Cultura Popular do Min da Educação, com o pretexto de combater o analfabetismo realiza doutrinação comunista;


- intensifica-se a tensão social com a ameaça de greve geral da CGT; e,


- saqueados aproximadamente 300 estabelecimentos comerciais em Caxias, com um saldo de 25 mortos e 1000 feridos.


d) Setembro de 1962


- Movimento grevista paralisa quase toda a nação; e,


- PCB estabelece seu programam de 11 pontos, um dos quais previa um expurgo nas Forças Armadas.


e) Outubro de 1962


- Eleições levam vários comunistas infiltrados nos partidos legais ao poder (Miguel Arraes – PE);


- CGT passa a assessorar o ministro do trabalho tendo livre trânsito no palácio do governo;


- eleição de sargentos, contrariando a lei eleitoral, provoca a passeata de 6000 Sgt, Cb e Sd em favor da posse dos eleitos ilegalmente;


- alguns militares aliaram-se à subversão e procuraram levá-la aos quartéis.


f) Setembro de 1963


- Sargentos da Aeronáutica e da Marinha revoltam-se em Brasília contra a decisão do Supremo Tribunal Federal que denegara a elegibilidade dos sargentos, assumindo o controle de instalações militares, fazendo reféns oficiais e seus familiares;


- chegam a prender o Presidente da Câmara dos Deputados e um Ministro do STF;


- o Presidente da República se ausentara da capital federal, retornando somente após a rebelião ter sido controlada.


g) As Ligas Camponesas



h) O envolvimento de João Goulart


(1) Ações do PCB


- Lança forte campanha pela encampação das refinarias particulares, pela moratória da dívida externa e pela anistia aos sargentos de Brasília.



(2) Ações do Presidente


- Participa de comício comunista na Cinelândia (Set 63);


- solicita ao Congresso a decretação de Estado de Sítio (retirado por pressões recebidas da esquerda e da direita – Out 63);


- negocia diretamente com o PC;


- concorda com a formação de uma Frente Popular (unificação das esquerdas);


- envia projetos radicais ao Congresso – reforma constitucional, encampação de refinarias, reforma agrária radical e outros...; e,


- vislumbrava Goulart que o poder legislativo em decadência não teria como reagir.


O Presidente julgava as Forças Armadas sem condição de oposição devido aos seguintes fatores: Grandes comandos estariam afinados com ele; e, a oficialidade estava seria neutralizada pelos sargentos, já submetidos à doutrinação e aliciamento.


- tudo indicava a instalação de uma "República Sindicalista".


3) Causas imediatas da Rev Mar 64


a) O Comício da Central (13 Mar 64)


b) A Marcha da Família Com Deus Pela Liberdade


c) A Revolta dos Marinheiros (26 Mar 64)


- Liderados pelo Cabo José Anselmo dos Santos (comunista), um grupo de marinheiros reuniram-se no sindicato dos metalúrgicos, contrariando ordens do Ministro da Marinha, Almirante Sílvio Mota;


- o contingente de fuzileiros navais enviado para prendê-los aderiu ao movimento;



- tropas do exército cercaram o prédio e os insurretos se renderam;



- Goulart ordena a libertação dos revoltosos, em 28 Mar 64, e os marinheiros comemoram em passeata carregando dois almirantes nos ombros; e,



- o Presidente demite o Ministro da Marinha e a cúpula militar não se conforma com a conivência à quebra da hierarquia e da disciplina do mais alto mandatário do país.



d) A Assembléia do Automóvel Clube (30 Mar 64)



4) Dias decisivos para a democracia



- PCB declarava o Brasil comunizado a partir de 1º de maio (controlava os principais meios de comunicação de massa;



- Goulart procurava associar-se ao movimento comunista visando garantir, dentre outros motivos, sua sobrevivência política;



- vários políticos aderiram à causa socialista na busca de um "salvo conduto" futuro; e,



- fazia-se claramente a propaganda comunista em quartéis, igrejas, universidades, sindicatos e repartições públicas.



5) As forças de reação



- A marcha comunista parecia avassaladora. No Exército notava-se um divisionismo que enfraquecia a força;



- pequenas reações no Congresso, nos meios militares e alguns governos estaduais; e,



- grupos de militares e civis acompanhavam a situação e planejavam a reação.



4. A REVOLUÇÃO DE 31 MAR 64



a. Movimentos preliminares



- No dia 31 de março, levantaram-se as tropas de Minas Gerais, comandadas pelos Gen Olímpio Mourão Filho, Carlos Luís Guedes e Antônio Carlos Muricy, que contavam com total apoio do governo estadual mineiro, na pessoa de seu governador Magalhães Pinto;



- inicia-se o deslocamento do grosso para o Rio de Janeiro e de um Btl para Brasília; e,



- imediatamente, criou-se um poder revolucionário sendo que os generais Castelo Branco e Costa e Silva assumiram a liderança do movimento. A ECEME e a ESG converteram-se em centros de ação revolucionária.



b. A Academia Militar na Rev Mar 64



Atuou na BR-2, entre Barra Mansa e Itatiaia, em conexão com o 1º BIB:



- Para tanto, o Cmdo da AMAN empregou o Corpo de Cadetes (CC) a fim de impedir o acesso do I Ex à região de Resende;



- o CC também foi encarregado de guarnecer as instalações da AMAN, provendo sua segurança;



- o Batalhão de Comando e Serviço (BCSv) cumpriu missões de vigilância na BR-2 e ocupou pontos sensíveis em Resende;



- os oficiais professores cumpriram missões de busca e apreensão e de "estouro de aparelhos", além da neutralização de rádiotransmissores e da emissora de rádio local; e,



- tropas revolucionárias do II Exército (atual CMSE), sob comando do Gen Amauri Kruel, em deslocamento para o Rio de Janeiro, encontraram-se com as tropas legalistas do I Exército (atual CML), cujo comandante era o Gen Âncora, na região de Resende. O encontro teve a importante mediação do Cmt da AMAN, Gen Médici, sendo que um conflito armado foi evitado, graças à participação dos jovens cadetes que, com seu idealismo, demoveram a vanguarda do I Exército de qualquer ação armada contra as posições defendidas pelo Corpo de Cadetes, preferindo a negociação ao confronto.



c. A Revolução prossegue vitoriosa



- Tropas do IV Exército (atual CMNE) prendem o governador Miguel Arraes em Pernambuco;



- inúmeras unidades aderiram ao movimento, contrárias à quebra da disciplina e da hierarquia;



- no Rio de Janeiro, acreditava-se na contenção das tropas de Minas e São Paulo;



- a fuga de João Goulart criou pânico entre seus seguidores, ocorrendo o abandono desordenado do Palácio das Laranjeiras; e,



- a "República Socialista" falhara integralmente, ocorrendo a fuga e prisões de "líderes" comunistas.



A Revolução estava vitoriosa!!!




5. A OBRA REVOLUCIONÁRIA



a. Riscos evitados com a institucionalização da Revolução



A Revolução Democrática de 64 evitou a desordem, coibiu a implantação de um regime comunista no país, garantiu a sobrevivência das Instituições, da democracia, assegurando a estabilidade necessária para o crescimento econômico e para a paz social.


Tivesse a Revolução malogrado em seu intento, estaríamos envolvidos, certamente, em uma guerra civil de trágicas proporções, com as vinganças políticas características da implantação dos regimes comunistas em todo o mundo. Além disso, teríamos um retrocesso lastimável na evolução política do país, bastando para isto, verificar as condições atuais de alguns países ( ex-comunistas) do leste europeu e a situação de Cuba, todos mergulhados em séria crise político-econômica.



b. Avanços e sobressaltos em meio às crises mundiais - os anos 60 e 70



1) A Constituição de 1967



- Preparada pelo Poder Executivo e aprovada pelo Congresso com emendas, possibilitou;



- a preservação do regime;



- o combate à corrupção;



- o controle da inflação; e,



- a retomada do desenvolvimento.



2) As bases do crescimento econômico



- Austeridade fiscal;



- controle da inflação;



- criação de instituições financeiras e de crédito (Banco Central – BNDE);



- fomento à construção civil; e,



- restauração da credibilidade internacional do país.



3) A luta armada no Brasil e no mundo



A luta armada no Brasil, durante o período dos governos revolucionários não pode ser vista como um fato isolado, originado e vivenciado somente no território nacional.



Os regimes comunistas, a começar pelo soviético, foram implantados por revoluções sangrentas, onde, para os fanáticos do socialismo, os fins justificavam os meios. Como exemplo podemos citar a Revolução Bolchevista de 1917, e a implantação do regime comunista na China, feita pelo exército popular vermelho de Mao Tsé-Tung em 1949.



Cabe destacar-se, a essa altura, que a Revolução Democrática de 64, foi implantada através de uma rápida e eficiente operação militar,com maciço apoio popular, na qual não houve disparos e muito menos vítimas.



No início da década de 60, Nikita Krushev, líder soviético, inicia sua política de "coexistência pacífica" com relação ao bloco capitalista/democrático liderado pelos EUA, e rompe com a China devido a questões do programa nuclear chinês.



Esse fato provocou uma séria fissura no, até então, monolítico bloco comunista.



No Brasil a impossibilidade dos comunistas chegarem ao poder pela via política, a partir de 64, provocou o aparecimento de grupos armados que tentaram subverter a ordem iniciando uma escalada de violência que atingiu todos os segmentos da sociedade.



A própria esquerda brasileira, como vimos anteriormente no episódio de ruptura sino-soviética, apresentava vários grupos como a Ação Popular (AP), a Vanguarda Armada Revolucionária - Palmares (VAR - Palmares) e a Ação Libertadora Nacional (ALN), fundada por Carlos Marighela, dissidente do PCB.



Havia, ainda, o Partido Comunista do Brasil (PC do B), que seguia a orientação do Partido Comunista Chinês, pregando as ações armadas, principalmente no campo, como forma de atingir-se o poder. Essa linha de ação divergia da linha soviética que era contrária à teoria do foco e da luta armada na acepção chinesa.



Condenadas à clandestinidade, essas organizações precisavam de dinheiro para se manterem ativas, com o que recorreram às "expropriações", eufemismo usado pelos guerrilheiros para assaltos, seqüestros de aviões e diplomatas etc...



Em outros países, os conflitos ideológicos aliados às contradições existentes no cenário mundial, vão ocasionar o surgimento de vários grupos armados como o Baader Meinhof na Alemanha Ocidental, o Exército Simbionês de Libertação nos Estados Unidos, o recrudescimento das ações armadas do Exército Republicano Irlandês (IRA), do movimento Basco na Espanha, etc....



4) 1968 - um ano de convulsões mundiais



O ano de 1968 ficou marcado na história recente da humanidade por sua turbulência, mormente no tocante às manifestações estudantis, dos jovens hippies, do pacifismo anti-Vietnã, da ação dos jovens guerrilheiros etc...



Possuídos por um espírito contestador nunca visto, os jovens colocaram os valores tradicionais em questão, demolindo normas e padrões que pareciam inquestionáveis. A contestação atingia o sistema educacional, os valores familiares, o comportamento sexual, passando pelos padrões estéticos e éticos.



O símbolo da época era Ernesto Chê Guevara, guerrilheiro de origem argentina, braço direito de Fidel Castro, morto em 1967,cultuado por seus " ideais" de propalada, mas não colocada em prática, solidariedade entre os povos contra a opressão.



Nos Estados Unidos houve a ascensão do movimento negro Black Power, surgiram as ações dos índios, dos presidiários, das feministas e dos homossexuais. Apareceram os hippies, os quais, numa versão norte-americana do anarquismo, misturavam Marx com Freud para explicar a importância da liberdade individual.



No plano da Guerra Fria, observamos o clímax do envolvimento americano no Vietnã, a intervenção russa contra os anseios de liberdade do povo Tcheco, invadindo seu país a fim de manter o regime comunista na chamada "Primavera de Praga".



As agitações estudantis na França, particularmente em Paris, foram fortemente reprimidas, transformando as ruas da cidade luz em palco de verdadeiras batalhas campais.



As ações armadas de grupos guerrilheiros e terroristas de esquerda, também eram uma constante em todos os continentes.



No Brasil, foram intensas as repercussões dessa conjuntura mundial caracterizada por rebeliões, guerrilhas etc...



O governo revolucionário assistiu a confrontações violentas com estudantes, ao crescimento da atuação dos movimentos de esquerda e ao desafio constante à sua autoridade.



No intuito de manter a ordem, de propiciar a estabilidade necessária para o crescimento econômico, na defesa das Instituições e com a finalidade de, face a uma conjuntura internacional adversa, impedir o retorno ao caos da era Goulart, o governo revolucionário tomou a difícil decisão de editar em, 13 Dez 68, o Ato Institucional Nº 5, que previa, entre outros dispositivos, como prerrogativas do presidente,o seguinte:



- Decretar o recesso do congresso, das assembléias estaduais e das câmaras municipais;



- decretar intervenção nos estados e municípios; e,



- suspender direitos políticos de qualquer cidadão.



5) O bem-estar da população



Várias iniciativas foram tomadas pelos governos revolucionários no intuito de propiciar alternativas e garantias aos cidadãos brasileiros para atingirem uma melhor situação econômico-social, a saber:



- Sistema Financeiro de Habitação;



- PIS-PASEP;



- Estatuto da Terra; e,



- Lei do inquilinato.



6) A criação da infra-estrutura que hoje sustenta o Brasil



Na época em que foram planejadas e executadas muitas vozes se levantaram contra as chamadas "obras faraônicas" dos governos militares, mas hoje, verificamos que graças a visão prospectiva e ao senso estratégico dos governos revolucionários, o Brasil pôde crescer, desenvolver-se e usufruir da energia, do sistema de transportes, do sistema de telecomunicações etc..., que ainda hoje sustentam o país.



Como exemplos podemos citar, dentre outras realizações, as Usinas Hidrelétricas de Itaipú e Tucuruí e a ponte Rio-Niterói.



7) A consolidação das reformas políticas e sociais



A coerência de objetivos e a continuidade administrativa fizeram com que os governos revolucionários, fundamentados nos Planos Nacionais de Desenvolvimento, criassem condições para o chamado "milagre brasileiro", o qual ocorreu durante o governo Garrastazú Médici, onde, no início da década de 70, o Brasil atingia índices de crescimento de 10% ao ano.



Além desses fatos cumpre destacar importantes projetos nas áreas social e educacional, como:



- FUNRURAL;



- Projetos Minerva e Rondon;



- Pro-Terra; e,



- MOBRAL (movimento de alfabetização).



8) O desafio face os choques do petróleo- 1973 e 1979



A crise mundial do petróleo de 1973, atingiu o governo Geisel de surpresa, obrigando-o a implementar medidas que visavam a diminuição do consumo de combustíveis. Tais medidas se constituíram, basicamente, no racionamento do consumo de combustíveis, na imposição do limite de velocidade de 80 Km/h nas rodovias, no aumento da prospecção de petróleo através dos contratos de risco e na busca de fontes alternativas de energia, como foi o caso do Programa Nacional do álcool (Proálcool).



O choque do petróleo provocou uma retração no mercado financeiro internacional, com conseqüências negativas para países em desenvolvimento como o Brasil, gerando aumento dos juros da dívida externa, períodos com queda do PIB, aumento da inflação etc...



O segundo choque ocorreu em 1979, durante o governo Figueiredo, desacelerando o crescimento e gerando um quadro recessivo que marcou o período 1981-1983.



9) A derrota das esquerdas revolucionárias



Os movimentos de esquerda, como já vimos anteriormente, encontravam-se no final da década de 60 em crescente ebulição, porém divididos em várias facções, com "modus operandi", objetivos e enfoques ideológicos, muitas vezes, diferentes entre si.



Certamente, se por um lado não havia coesão entre as facções de esquerda, por outro lado sua extensa ramificação deixava o governo revolucionário perplexo e dificultava as ações para sua neutralização. A opção das esquerdas pela luta armada e pela atuação na clandestinidade com a freqüente utilização de assaltos, seqüestros etc... forçou o Estado a criar um aparato baseado nas polícias civil e militar e nos órgãos de informação das Forças Armadas para o combate, principalmente, à guerrilha urbana.



Após um período de intensas ações (1968-1972), os focos de guerrilha urbana foram, aos poucos, perdendo sua força até serem extintos.



No tocante à guerrilha rural, contingentes do Exército e das demais forças singulares foram empregados com pleno êxito na pacificação da região de Xambioá (1971-1974), no Pará, neutralizando o mais importante foco da guerrilha rural no Brasil.



Não foi fácil, certamente, lutar contra forças que não usavam uniformes para se identificar, que atuavam nas sombras da clandestinidade, que não possuíam estrutura regular, que não eram regidas por regulamentos e que não pautavam suas ações por obedecer a nenhuma convenção internacional (como a de Genebra por ex.).



Muitas vezes as esquerdas utilizaram o idealismo de jovens estudantes incautos que, contaminados pelo vírus do fanatismo comunista, não hesitavam em matar qualquer pessoa que pudesse dificultar suas organizações de atingirem seus objetivos espúrios.



Essas organizações não se constituíam, é claro, somente por estudantes, mas, principalmente, por pessoal treinado e preparado até no exterior (Cuba, União Soviética etc..) e por ex-integrantes das Forças Armadas, como foi o caso do capitão Carlos Lamarca, líder da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR).



10) A abertura política



Com o saneamento e o fortalecimento das instituições aliados à neutralização da ameaça comunista o governo revolucionário deu início, na pessoa de seu presidente, Ernesto Geisel (1974-1979), ao processo de abertura política visando o retorno à plena normalidade democrática.



c. O legado da Revolução de 64



1) Político



- Preservação da Democracia; e,



- evolução das Instituições políticas



2) Econômico



- Maior crescimento econômico da História do Brasil,com criação de infra-estrutura e instituições que até hoje sustentam o País.



3) Social



- Inclusão de vastas camadas da população à sociedade, pelos programas sociais, integração nacional e obras de infra-estrutura; e,



- ampliação da classe média pela elevação de renda, educação e expansão do mercado de trabalho.



4) Geopolítico



- Integração da Amazônia;



- articulação com países vizinhos;



- projeção Internacional de Poder através da diplomacia e comércio.



5) Militar



- Reformulação Doutrinária;



- nova Ordem de Batalha;



- Indústria Bélica;



- profissionalização; e,



- Reformas de Ensino e Instrução.



6) Tecnológico



- Programa Nuclear;



- veículo lançador de satélite (VLS); e,



- Indústria aeronáutica.



6. CONCLUSÃO



a. Significado da Rev 31 Mar 64



- Foi um amplo movimento político de vários setores da sociedade brasileira como forma de reação ao processo de desestabilização das instituições democráticas e de implantação do regime comunista no Brasil;



- deu início a um ciclo de governos presididos por militares que fortaleceu as instituições políticas e promoveu o maior desenvolvimento social e econômico da História do Brasil, levando o país à condição de maior democracia do Hemisfério Sul e 8ª economia do planeta, em meio à fase mais crítica da Guerra Fria;



- tem para as Forças Armadas um significado de renúncia e sacrifício, pela dolorosa depuração que se impuseram, pelo enfrentamento da luta armada perpetrada pela esquerda revolucionária e pela incompreensão de vários setores da sociedade intoxicados pela massificação ideológica praticada indistintamente no Brasil desde os anos 80;



- consolidou a estrutura política brasileira, encerrando um período de mais de setenta anos de golpes, rebeliões, revoltas e movimentos políticos armados; e,



- historicamente, foi “a revolução para acabar com todas as revoluções....”



b, Comparação de dados pré e pós-período revolucionário



Aqueles que se levantaram em armas contra o regime instaurado através da Revolução de 31 Mar 64 pretendiam que o Brasil se tornasse um país comunista, passando, em conseqüência, a girar na órbita do comunismo soviético coordenado por Moscou, ou na órbita do comunismo chinês, comandado por Pequim.



Ambos os regimes foram instaurados, como já vimos, por sangrentas revoluções e passaram a exportar seus meios violentos e cruéis de se chegar ao poder, além das técnicas tirânicas para mantê-lo.



Para o comunista, os fins justificam os meios, bem como é natural a negação do patriotismo, a negação das noções de família, a negação da religião e de tantos outros valores que caracterizam a sociedade humana civilizada e democrática.



O comunista fala em democracia, mas serve a um regime de partido único que esmaga as aspirações democráticas/liberalizantes da Hungria em 1956 e da Tchecoslováquia em 1968.



O comunista prega uma sociedade onde a classe que dita as normas é o proletariado, mas reprime com violência os operários da Alemanha Oriental , durante uma greve em 1953.



O comunista rejeita a ditadura do Gen Pinochet no Chile, mas aplaude a ditadura de Fidel Castro, há mais de quarenta anos no poder em Cuba.



O comunista luta pela liberdade de imprensa nos outros países, mas mantém uma censura férrea dentro de suas próprias fronteiras.



No Brasil, a luta armada teve seus momentos de crueldade e, como aconteceu em todos os países onde se defrontaram as facções democráticas e comunistas, excessos foram cometidos.



No caso dos excessos cometidos pelas facções de esquerda muito pouco é divulgado pela mídia, mas quando ocorre algum fato relacionado aos governos revolucionários em geral e às Forças Armadas, em particular, esses eventuais excessos, cometidos por parcela ínfima dessas Instituições, são normalmente superdimensionados e, no mais das vezes, verifica-se a distorção proposital dos fatos visando suscitar o repúdio na opinião pública.



Os governos revolucionários estavam comprometidos, basicamente, com o desenvolvimento sócio-econômico e com o fortalecimento gradual da democracia no país. Os eventuais excessos cometidos por integrantes dos órgãos de segurança do governo, durante a luta armada desencadeada pelas esquerdas no Brasil, tão logo chegaram ao conhecimento das autoridades competentes foram apurados, e muitos deles, foram motivo de julgamentos em auditorias militares e outros tribunais de justiça no país.



A comparação de dados que é feita a seguir não visa eximir responsabilidades ou minimizar erros cometidos, mas sim, evidenciar que os que sob o manto vermelho do comunismo repreendem a pretensa tirania e violência de outros regimes políticos, estão apenas tentando encobrir com frieza e hipocrisia o que está exaustivamente provado:



- que as vistosas bandeiras das esquerdas por todo o mundo refletem tão somente o vermelho do sangue dos milhões de vítimas do comunismo internacional.



Regime Militar no Brasil


- 1964 -1985 - 125 desaparecidos políticos ( de acordo com o livro "Brasil Nunca Mais" da Arquidiocese de São Paulo).



Regime Militar na Argentina


-1976 -1982 - 10 mil desaparecidos (Almanaque Abril);



Regime Militar no Chile


-1973-1988 - 2279 mortos (Almanaque Abril);



Comunismo na Coréia do Norte


-1958-1994 - governo de Kin Il Sung;


-1994 - Kin Jong Il, filho de Sung, assume o poder;


- mais de 28,6% do PIB em gastos com a defesa;


- Regime de Partido único;


1995-1997 - três milhões de mortos pela fome.



CONCLUSÃO FINAL



- Abordar um período tão longo, conturbado e ainda recente de nossa história , em tão pouco tempo, nos deixa espaço apenas para breves comentários;



-a revolução de 1964 merece, ainda, uma análise mais aprofundada e isenta, o que só o tempo poderá propiciar; e,



-cabe ao futuro oficial, aprofundar seus estudos no sentido de conhecer, com mais propriedade, os episódios da nossa história, onde o exército teve participação destacada. possuidor, então, do conhecimento dos fatos venha o oficial a vencer qualquer argumento infundado que procure denegrir a participação do EB, conquanto instituição, em qualquer acontecimento da vida nacional.



BIBLIOGRAFIA



- Pedrosa, José Fernando de Maya


A grande barreira: os militares e a esquerda radical no Brasil, 1930-1968. – Rio de Janeiro: Biblioteca do Exército Ed.,1998.



- Revoluções no Brasil após a república. – Cadeira de história militar da AMAN, 1980.



- Silva, Francisco de Assis


História do Brasil: Colônia, Império e República. –São Paulo: Ed. Moderna, 1983



- Geisel, Ernesto. 1908-1996. Brasil – Política e governo. Brasil – História. D’Araújo, Maria Celina. Castro, Celso Corrêa Pinto de. Editora Fundação Getúlio Vargas, 1997.



- O livro negro do comunismo: crimes, terror e repressão/ Stéphane Courtois...[et al .]; tradução Caio Meira. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil: Biblioteca do Exército Ed., 2000.



- Mello, Leonel Itaussu Almeida


História moderna e contemporânea / Leonel Itaussu A. Mello, Luís César Amad Costa. – São Paulo; Scipione,1999.



- Waack William


Camaradas: nos arquivos de Moscou: a história secreta da revolução brasileira de 1935/ William Waack. – Rio de Janeiro : Biblioteca do Exército Ed., 1998.



- Arquidiocese de São Paulo - Brasil nunca mais - Petrópolis: Editora Vozes Limitada, 1985.



- Editora Abril - Almanaque Abril : -São Paulo: Editora Abril,2000.



- Editora Abril - Brasil 500 Anos –1930-1999- Vol 12



“Slides” de palestra proferida pelo Cel Art QEMA SÉRGIO PAULO MUNIZ COSTA, em 1999 , na AMAN.


Fonte: Terrorismo Nunca Mais