quinta-feira, 11 de março de 2010

NÍVEL EDUCACIONAL E DESCRENÇA

Esta semana, durante uma apresentação dos alunos novatos e veteranos numa turma de Filosofia da Religião na UFPE, um aluno disse que "religião é muleta" para pessoas que não tem "conhecimento". Quando chegam a aquilo que ele chamou de "conhecimento", então não mais precisarão de religião, deus e coisas assim. Lendo o blog do jornalista Michelson Borges, deparei-me com a matéria abaixo. Bom, deixo com o leitor as considerações sobre o assunto.
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MAIOR ESCOLARIDADE LEVA À CRENÇA

Uma pesquisa na Universidade de Oxford mostrou que cerca de 48% dos estudantes não acreditam em Deus. Talvez isso não seja tão surpreendente – a maioria das pessoas acredita que ateus sejam bem instruídos, principalmente os de Oxford que têm como professor o ícone do ateísmo Richard Dawkins. Mas há algumas curiosidades sobre isso quando a “população amostral” da pesquisa é o mundo e suas diferentes culturas, não Oxford. Estudos mostraram que há, sim, uma relação entre estudo e a fé em Deus, mas que o ateísmo é mais forte naqueles que têm apenas o ensino médio completo do que naqueles com nível superior completo. A pesquisa também indicou que as pessoas com mais estudo tendem a acreditar em coisas mais estranhas. 29% das pessoas com apenas o nível fundamental completo acreditavam em telepatia, contra 51,8% das pessoas com nível superior completo.

Essas pesquisas mostraram, também, que a questão religiosa não depende apenas do nível educacional, mas do sexo, do tipo de cultura e da idade dos entrevistados. Então os não-ateus podem ficar aliviados: já não há mais a crença de que eles sejam menos inteligentes que os ateus.

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Nota: Estudos mais profundos deveriam ser feitos. As pessoas mais instruídas passaram pelos bancos escolares e foram estimuladas à descrença por professores céticos (mas céticos apenas quanto à Bíblia e o cristianismo, como está na moda). Como o jovem é naturalmente contestador, abraça essa descrença inconsequente e irrefletida. Quando chega ao nível universitário e avança nos estudos, percebe que o ateísmo não é assim tão lógico. Com a sabedoria da idade (maturidade) vem também a noção de que o naturalismo é insuficiente para explicar todas as nuances da existência/realidade. Mas como o indivíduo se divorciou há muito tempo da fé cristã, acaba tentando preencher o vácuo com crenças irracionais, sem base factual, como o espiritualismo da Nova Era e coisas afins. Bem, pelo menos é essa a leitura que faço dessa pesquisa.[MB]

Fonte: Criacionismo; Hypescience

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