segunda-feira, 20 de julho de 2009

ISRAEL AVISA AO BRASIL. QUEM AVISA, AMIGO É?

A matéria classifica o Lieberman como "extrema-direita". Sabe o que é pior do jornalismo politicamente correto? É que se alguém é de direita, então não presta. Tá bom. Se Lieberman fosse de "Extrema-Esquerda", ninguém daria ouvido também, pois a Esquerda é cheia de boas intenções. Que o diga Cuba, Venezuela, Coréia do Norte, China e os mais de 180 milhões de mortos pela Esquerda.
_________________________________________

Em visita ao Brasil, chanceler israelense quer 'alertar' país sobre o Irã.

As discussões sobre o Irã devem ser o principal assunto da visita ao Brasil do chanceler de Israel, Avigdor Lieberman, a partir desta terça-feira.

O ministro israelense das Relações Exteriores deverá se encontrar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e com o chanceler Celso Amorim.

Segundo a embaixadora Dorit Shavit, diretora-geral do departamento de América do Sul do Ministério das Relações Exteriores de Israel, “um dos assuntos mais importantes, que com certeza Lieberman abordará, é o problema do Irã”.

“Queremos alertar o Brasil sobre a ameaça iraniana. O Irã exporta o terrorismo para a América Latina e esteve por trás dos ataques à embaixada israelense e ao centro judaico Amia, em Buenos Aires”, disse a embaixadora à BBC Brasil.

“Estamos cientes de que o Brasil tem interesses econômicos no Irã, mas é necessário abrir os olhos. O Irã não vem (ao Brasil) só por interesses econômicos. Grupos terroristas como o Hamas e o Hezbollah, sustentados pelo Irã, podem vir a se infiltrar na América Latina”, afirmou.

Processo de paz

Sobre o interesse brasileiro de participar no processo de paz no Oriente Médio, a embaixadora disse que “é difícil saber se, no futuro, o Brasil terá uma maior participação no processo de paz, mas esse assunto certamente será abordado durante as reuniões do ministro Lieberman com os líderes brasileiros”.

Os representantes do Brasil e de Israel ouvidos pela BBC Brasil concordam que, apesar das divergências politicas, a visita é sinal de uma aproximação significativa entre os dois países.

A visita do ministro Avigdor Lieberman é a primeira de um chanceler israelense ao Brasil em 22 anos e ocorre pouco tempo depois que o Ministério das Relações Exteriores de Israel adotou mudanças estratégicas, que incluem a decisão de fortalecer a colaboração com os países do grupo BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China).

Além da visita do chanceler, o ministério israelense decidiu reabrir o consulado do país em São Paulo, que foi fechado em 2002.

Também está programada uma visita ao Brasil do presidente de Israel, Shimon Peres, em novembro, que deverá ser retribuida por uma visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Israel em 2010.

De acordo com o diplomata Sidney Leon Romeiro, encarregado do setor político da embaixada do Brasil em Tel Aviv, “existem divergências políticas entre os dois países, mas é para isso que existe o diálogo”.

Colaboração

Apesar de divergências no âmbito internacional, principalmente ligadas às relações com o Irã e ao conflito israelense-palestino, a colaboração bilateral Brasil-Israel cresceu significativamente nos últimos anos.

O ministro Celso Amorim fez três visitas a Israel desde 2005, e o total do comércio entre os dois países mais que triplicou nos últimos quatro anos, crescendo de US$ 500 milhões para US$ 1,6 bilhão.

“O lado brasileiro deverá levantar a questão do conflito israelense-palestino”, disse Romeiro à BBC Brasil.

“Consideramos que existe uma nova janela de oportunidade na região que deve ser explorada. Recentemente houve uma série de fatos positivos que podem facilitar a retomada do processo de paz, como a atitude do governo (de Barack) Obama, a aproximação entre os Estados Unidos e a Síria e as últimas declarações do premiê israelense Binyamin Netanyahu, reconhecendo a solução de dois Estados”, acrescentou.

O Brasil vem sinalizando há anos que tem interesse em participar do processo de paz no Oriente Médio.

No entanto, para o cientista político Jonathan Rynhold, da Universidade de Bar Ilan, “essa é uma ilusão”.

"As chances de que o Brasil possa se transformar em um fator importante no processo de paz são praticamente nulas”, disse Rynhold à BBC Brasil.

“O Brasil não tem os instrumentos necessários para exercer uma influência real nesta questão, pois não tem uma cadeira permanente no Conselho de Segurança da ONU, não está envolvido militarmente no Oriente Médio e não tem um capital diplomático para que possa se transformar em um agente importante no processo de paz”, afirmou o analista.

Segundo Rynhold, “a colaboração bilateral pode amenizar o efeito das divergências politicas”.

“Boas relações bilaterais e econômicas são uma receita para amenizar confrontos no âmbito diplomático. Israel tem interesse em se aproximar de países importantes, como o Brasil, que têm uma força econômica e política crescente e estão distantes do conflito no Oriente Médio”, afirma.

"Para o ministro Lieberman, que está bastante enfraquecido tanto internamente como no nível internacional, a visita ao Brasil confere prestígio e legitimidade", acrescentou o analista.

Avigdor Lieberman enfrenta uma investigação policial por suspeitas de fraude e lavagem de dinheiro, e no âmbito internacional é considerado uma figura polêmica por suas posições de extrema-direita e por morar em um assentamento na Cisjordânia.

Fonte: BBC

Um comentário:

Anônimo disse...

É vergonhoso constatar um fato como esse: o Brasil não tem influência internacional. O próprio Irã é mais temido no cenário mundial do que o indiferente Brasil. O nosso país me lembra os deputados menos expressivos de nosso Congresso cuja única preocupação é: eu voto com o líder, Sr. presidente! Não tem postura, idéias e nunca se comprometem. Mas também o exemplo vem de cima, somos governado por um chefe de Estado que nunca sabe de nada! Como diria Boris Casoy: Isso é uma vergonha!!!
Um abraço
Sem. Rogerio Mattos - SPN